LEITURA DESDE A INFÂNCIA

       Uma boa leitura e interpretação é fundamental para matemática. Faço com que meus alunos leiam os enunciados de exercícios sempre.

       Garantir a riqueza da vivência narrativa desde os primeiros anos de vida da criança contribui para o desenvolvimento do seu pensamento lógico e também de sua imaginação, a imaginação é um momento totalmente necessário, inseparável do pensamento realista. E, para a matemática esse pensamento lógico é muitíssimo importante. 

       Bom, nunca fui muito de ler livros. Mas me lembro bem quando minha mãe cobrava uma boa leitura - tinha que ler trechos do jornal sem tropeços. Sempre querendo ler para classe, ouvir elogios da professora, era muito bom.
        Hoje com dois filhos em idade escolar, fiz e faço o possível para eles não perderem o hábito e o prazer de uma boa leitura, que é fundamental no processo educativo e para a vida.
        Percebo que tudo que é vivenciado desde a infância, como uma leitura ou conto de histórias por um adulto, sempre foi muito importante e fundamental no processo ensino-aprendizagem.

        Maria Ivete Negretti Braga, professora de matemática, E.E. Guia Lopes - Bauru - SP

MEU PRIMEIRO CONTATO COM A LEITURA

O primeiro contato que tive com o mundo da leitura foi através dos gibis comprados frequentemente por meus pais, para mim e meu irmão, uma vez que eram os únicos tipos de veículos de leitura pelos quais podiam pagar.

Lembro-me de que, antes de ser alfabetizada, contemplava aquelas páginas e buscava “ler” as histórias através de suas imagens. Algum tempo depois, no processo de alfabetização, recordo-me da minha empolgação ao me perceber apta a “decifrar” aquele amontoado de letras e também, finalmente, associá-las às imagens na construção do sentido daqueles quadrinhos.

Na pré-escola, como todos, meu contato com os livros se deu por meio dos encantadores “contos de fadas” conhecidos através das vozes das minhas professoras, as únicas contadoras de histórias que tive oportunidade de ter na infância.

Meus pais não tiveram oportunidade de avançar muito nos estudos e não possuíam condições financeiras para comprar livros literários, muito caros.

Na escola, durante o Ensino Fundamental, não houve professores que me incentivaram à leitura, fato talvez motivado em razão de a biblioteca escolar que frequentei, durante quase toda minha vida escolar, funcionar, por largo tempo, apenas como depósito e, depois, contar com um acervo limitado. 

No Ensino Médio, a professora de Língua Portuguesa costumava-nos dividir em grupos e delimitar para cada agrupamento determinada obra. Na primeira vez que assim procedeu, ela indicou ao meu grupo “Dom Casmurro”. Odiei, fiquei indignada, meu primeiro contato com a literatura e justamente por meio de um livro com um nome tão estranho.

Depois da leitura, posso resumir minha impressão, o que achei e acho do livro, em uma palavra: PAIXÃO. Sou simplesmente e eternamente apaixonada por esse livro!

Hoje, procuro propiciar ao meu filho colocando-o em contato, desde cedo, com o mundo dos livros, incentivando, motivando e despertando-lhe o prazer pela leitura.

Kátia Rejane Bento - E. E. Profº "Carlos Corrêa Vianna"  Reginópolis SP